segunda-feira, 22 de junho de 2009

VOU ME APOSENTAR (Paródia feita na melodia da música; Você não vale nada mais eu gosto de você)


REFRÃO

Vou me aposentar porque não quero mais sofrer
Vou me aposentar porque não quero mais sofrer
Tudo que eu quero é poder viver
Tudo que eu quero é poder viver

Quando o dia amanhece
Veja, o meu alvoroço
Limpo, esfrego, lavo e passo
Ainda faço o almoço.
Vai chegando o meio dia
É maior a confusão
Se não corro, perco o ponto
No relógio do FROTÃO...

Eu vou fazer é meu crochê
Agora eu vou cuidar de mim
Vou passear, vou viajar
E vou dançar meu forrozim...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR (Despedida a Tapiocaria e Café Matuto)



Tal qual chora uma criança
Pela chupeta tirada,
Igual foi minha tristezaQuando eu te vi fechada!

Tinha, aquele bandido
Que assim, de um modo tão bruto!
Assaltar à mão armada
A Tapiocaria e Café Matuto?

Em que mundo nós estamos?
Em que era nós vivemos?
Em que rumo nós marchamos?
Se nem viver nós podemos!!!

O medo e a insegurança
Te fez pensar sem demora
"Por motivo de força maior"
Do meu bairro foste embora...

E assim, fostes pra longe
Falta estás fazendo aqui
Trocastes o barulho dos carros
Pelas ondas do Icaraí.

Me resta ainda o consolo
De um dia, quem sabe lá?
Quando eu for a essa praia
Eu irei te visitar.

Adeus Tapiocaria
O suscesso te acompanha
Porque quem em Deus confia,
Suas bençãos sempre ganha!

Diz o dito: alegria de pobre
Dura pouco, muito pouco
Vai ficar só na saudade
Tapioca molhada no côco!

domingo, 31 de maio de 2009

TAPIOCARIA E CAFÉ MATUTO ( homenagem a essa tapiocaria, recentemente aberta em meu bairro)


Caminhando ostro dia
Lá nas rua do meu baijo
Dei de cara, de repente
Com uma coisa nuzitada!
Surpresa, eu espiei
Me cheguei mais de pertinho
Abismada com o cantinho
Parei em riba da calçada

Eu dimirei encantada
Aquela enfeitação
O cenáro era igual
Os que tem no meu sertão.
Num cordão dependurado
Tava os livrim de cordel
Na parede a empanada
Toda feita de fuxico
Menino, eu só acridito
Proque
meus óis espiava

Na coluna de tijolo
Prantada no mei da sala
Vejo outra invenção
Chapé de todo modelo
Colocado ali com zelo
De coro, com aba e sem aba
Tudo muito originá
Tudo muito criativo...
As banqueta de madeira
E mesinhas arrumada
Avistei também a rede
Pelos punho enrrolada
Num fartou nem o berrante
Pra lembrar das vaquejada.

Se escuta Luis Gonzaga
Ao som duma radiola
Ou o Trio Nordentino
Nos quatro canto tinindo
Triango, safona e zabumba
Crio inté calo na bunda
Sentada ali, só uvindo

Nada fica a desejá
De outras de grande porte
E digo é sem vacilá
Que tivemo muita sorte!
Tapioca aqui se tem
De gosto bem variado
Cafézin cuado na hora
Cuscuz gostoso e molhado.

O inventô que criou
Esse cantin só pra gente
Me deixou prá lá de contente
Com essa sua invenção.
E quando chego cansada,
De manhã, do meu serão
Oxente, num conto pipoca
Eu faço qui nem dondoca
Pego a vazia na mão;
Tenho gosto absoluto
E chego lá num minuto
Proque eu só compro lá.
E se quiser me acompanhá
TAPIOCARIA E CAFÉ MATUTO!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

PARABÉNS JACQUELINE (poesia que fiz para enfermeira Jacqueline no seu aniversário)

Ainda faltam três dias
Pra data do nascimento
De uma linda menina de olhos negros
E sorriso encantador
Que veio ao mundo pra trazer só alegria
E encantar a todos com simplicidade e amor.

Não sei explicar, mas Deus sabe, e eu sinto
Um sentimento puro de amor e proteção
Como se minha filha fosse, como outras que já tenho
Ausente da minha vida, mas não do meu coração.

Como filha, te amo. Como mãe te abençoo
E a ti desejo toda felicidade na vida!
Que seu sorriso sorria por muitos e muitos anos,
Por todos seja amada e querida.

Pra você fiz essa simples poesia
Versos simples, sinceros, com inspiração;
PARABÉNS A VOCÊ, MUITA PAZ E HARMONIA
Um beijo grande no seu coração.

UM PLANTÃO COM A DINDINHA (homenagem à enfermeira Olandina, conhecida por Dindinha)


O dia está amanhecendo
Meu relógio está marcando
Porque, aqui dentro, trancada
Passou toda madrugada
Acabei nem percebendo...
Êta platãozinho medonho
Repousar? Nem mesmo em sonho!
A noite foi de amargar:
Cinco traumatologias
Com mais seis laparotomias
E mais uma vascular!
Quando penso que acalmou
Lá da porta grita o Doutor:
"Olandina, mande logo preparar
Dois crânios que vão subir
Pois não dá pra esperar!
Avise ao anestesista
Que eu já vou me trocar".
Minha amiga, não é mole
As pernas estão tremendo
A noite toda correndo
Pra buscar material.
E completando o azar
A colega que tá lá
Faz a gente enlouquecer!!
Diz que está faltando roupa
E a Dindinha quase louca
Sem saber o que fazer!
E todo mundo se agita
É um entra e sai da sala
Faltou eletrodos na mala
Lá vou eu de volta buscar
Mariazinha dormindo...
Em cima de dois colchões
Nem se dá conta do agito
Nas noites dos seus plantões...
E se alguma de nós,
Precisar ir ao banheiro
Um conselho: vá ligeiro,
Não deixe a Dindinha lhe ver
Dela, tente se esconder
Ao passar no corredor
Senão você volta pra sala
Com o carrinho e a mala
Mesmo sem ser você!
A Dindinha é assim mesmo
Elétrica e agitada
A gente chia, a gente fala
Ficamos vermelhas ou amarelas
Mas gostamos muito dela...
Dependendo de quem for a enfermeira
Vou dizer como fica o plantão:
Se for calmo, a Dindinha agita
Agitado com a Deyse é um pão!
Com seu jeito desbocado
E falando palavrão.
Mas nunca com a gente ela briga
Só nos chama de "rapariga"
Com ela não tem confusão.
E assim são todas elas
Guerreiras profissionais
Oriá, Estelita, Janete
Espere aí que ainda tem mais
Mônica, Glailma, Fábia e Rejane
Todas são muito legais.
Parece enchimento de saco
Mas afirmo não é não!
Pois gosto tambem das Enfas
Lá da Recuperação.




sábado, 16 de maio de 2009

METAMORFOSE


Quem não lembra em tempos idos
Tempos que estão na lembrança
Lembro, eu ainda era criança
A Assistência Municipal
Era o Hospital principal!
Os anos foram passando
Eu cresci, a cidade também.
Mas lá, naquele lugar
De pé ainda estava
Meio velho, sem fachada
Não mudara quase nada
A Assistência Municipal.
Adulta, me formei
Auxiliar de enfermagem, me tornei
Saí, então, a procurar
Um lugar pra trabalhar.
Fiz o concurso e passei,
Mas, confesso, nunca pensei
Que aqui eu viesse parar.
Eu não tinha a menor simpatia
De ver tanta gente em agonia.
Mas, a verdade é que aqui cheguei
E ao chegar me deparei
Como um prédio mais que lindo!
Gente entrando e saindo,
Dentro, todo o conforto
Tem até um heliponto
Coisa de primeiro mundo!
Parei e respirei fundo
Olhei, então, para cima
Da estrutura, observei cada quina.
Meu olhar, então, parou
E, numa frase, se fixou
Chamava atenção o que vi.
E, pra entender, li e reli
E, então, de imediato
Foi relâmpago, foi à jato
Passei a amar essa casa.
Aquela frase me comoveu, era forte!
E aqui, onde se ri a vida, se chora a morte,
Também, se têm esperanças.
Sei que toda pessoa que vê
Olha para cima e lê
Fica, como eu, comovida
Com aquela frase comprida:
IJF, 24 HORAS DE PROTEÇÃO À VIDA
Pois é, quem diria!
Que a Assistência Municipal, um dia
Por essa metamorfose passaria.
Profissionais de plantão, toda hora
Aliviando a dor de quem chora
Prestando com amor toda assistência
No único hospital de referência.

UM DIA NO FROTÃO (CENTRO CIRÚRGICO E RECUPERAÇÃO)

(Ela só quer, só pensa em namorar - Luiz Gonzaga)

Eu vou contar como é o dia no Frotão
Centro Cirúrgico e Recuperação
Assim falando você diz que é mentira
Mas vá lá ver e confira
É doideira, meu irmão.
No fim do dia, eu já tou de perna inchada
A coluna maltratada
Dor na articulação

(REFRÃO)
IJF, popularmente FROTÃO
Lá se trabalha por amor à profissão

E num instante, no corredor
Vai chegando paciente
Todos gemendo de dor.
Um levou queda de moto
Outro, que levou facada
Outro, com apendicite
Outro, a cabeça lascada
Outro, com trauma fechado
E uma gravidez turbaria

(REFRÃO)
IJF, popularmente FROTÃO
Lá se trabalha por amor à profissão

A gente anda um quarteirão
Pra chegar com o doente
Lá na Recuperação.
E lá, não é diferente
Veja que situação.
Uma aspira, outra banha
Outra, dá medicação
O doutor e a enfermeira
Com prontuário na mão

(REFRÃO)
IJF, popularmente FROTÃO
Lá se trabalha por amor à profissão

Deu meia-noite, ninguém parou
"Podes crer" foi nessa hora
Que o plantão começou
É a vez, então, das plásticas
Começa a salada
Neuro, Trauma, Oftálmica
E uma geral montada.
Quando eu deito em meu colchão
Chega uma capitação

(REFRÃO)
IJF, popularmente FROTÃO
Lá se trabalha por amor à profissão

Nos intervalos, bem ligeirinho
Uma coca bem gelada
Ou então um cafezinho
Chama, depressa, o maqueiro
Pede pra ir na cantina
Comprar picolé e biscoito
Escondido da Olandina

(REFRÃO)
IJF, popularmente FROTÃO
Lá se trabalha por amor à profissão
O dia vai amanhecendo
Vou continuar na luta
Do meu lar estou esquecendo
Mas, trabalho com amor
E a força da necessidade
Eu só peço a Deus saúde
E muita vitalidade.
E imploro ao diretor
Aumente a PRODUTIVIDADE