quarta-feira, 10 de junho de 2009

POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR (Despedida a Tapiocaria e Café Matuto)



Tal qual chora uma criança
Pela chupeta tirada,
Igual foi minha tristezaQuando eu te vi fechada!

Tinha, aquele bandido
Que assim, de um modo tão bruto!
Assaltar à mão armada
A Tapiocaria e Café Matuto?

Em que mundo nós estamos?
Em que era nós vivemos?
Em que rumo nós marchamos?
Se nem viver nós podemos!!!

O medo e a insegurança
Te fez pensar sem demora
"Por motivo de força maior"
Do meu bairro foste embora...

E assim, fostes pra longe
Falta estás fazendo aqui
Trocastes o barulho dos carros
Pelas ondas do Icaraí.

Me resta ainda o consolo
De um dia, quem sabe lá?
Quando eu for a essa praia
Eu irei te visitar.

Adeus Tapiocaria
O suscesso te acompanha
Porque quem em Deus confia,
Suas bençãos sempre ganha!

Diz o dito: alegria de pobre
Dura pouco, muito pouco
Vai ficar só na saudade
Tapioca molhada no côco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário