sábado, 9 de maio de 2009

MELÔ DO CIRURGIÃO (homenagem aos cirurgiões do IJF)


Não há, oh gente, oh não
Quem sofra mais que o cirurgião... (refrão)

Que vida dura,
Vivem abrindo barriga,
Costurando “mói” de tripa,
Isso é vida de peão.

Trabalham tanto,
correm de um hospital pr’o outro,
Tão ficando quase loucos
E doentes da pressão.

Numa só tarde
Fazem três apendicites
Duas diverticulites
E arrancam um tumorzão.

Sua mulher, em casa tá desesperada
Não ganhou quase mais nada
Cuidado com o Ricardão

Vocês tão rindo
Gente, isso não é besteira
Quando chega sexta feira
Ficam louco pra sair

O hospital lhes toma
Sempre o tempo todo
Ficam com cara de bobo,
Querem mesmo é dormir...

Quando amanhecem, dizem:
“Meu Deus, pra onde eu vou?”
Vida triste é a de doutor
Não tem tempo pra amar.

Sua esposa, outra vez mais,
Passou batido
Só pode ser um castigo
Outra vez não vai “nhanhar”.

“Mas, dou a ela vida boa e celular,
Dou dinheiro pra gastar,
O que mais que ela quer?
Seu carro novo, que eu dei, é importado
Só porque cheguei cansado
Diz que estou com outra mulher.”

É isso ai,
Cirurgião que não tem grana,
Consultório e boa fama,
Esse, sim, é de lascar.

Chegando em casa,
Ele tem que dar no coro,
Com medo de virar touro,
Viagra tem que tomar.

Bem poderia ter feito outra faculdade
Mas pensou com vaidade:
“Ser doutor vai me dar grana!”
Pouco dinheiro para o tanto que estudou
Só não digo que errou, por salvar vidas humanas.

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